Na linguagem cotidiana a solidariedade significa a reciprocidade ou
interdependência e assistência entre os membros de um grupo.
Etimologicamente, a palavra solidariedade (solidus) representa um substantivo
abstrato, formado a partir do adjetivo solidário derivado da expressão latina in
solidum. Partindo destas ideias, todo grupo solidário, com modos mais ou
menos comuns de atitudes e comportamentos, asseguram-se através de uma
coesão. Desse modo, a solidariedade faz jus a dois aspectos: o indivíduo se
encontra ordenado pela comunidade e, ao mesmo tempo, a comunidade se
encontra ordenada aos indivíduos.
S.55.3 Definição de solidariedade §1948 A solidariedade é uma virtude eminentemente cristã que pratica a partilha dos bens espirituais mais ainda que dos materiais.
S.55.4 Formas de solidariedade
§1940 A solidariedade se manifesta antes de mais nada na distribuição dos bens e na remuneração do trabalho. Supõe também o esforço em favor de uma ordem social mais justa, na qual as tensões possam ser mais bem resolvidas e os conflitos encontrem mais facilmente sua solução por consenso.
§1941 Os problemas sócio econômicos só podem ser resolvidos com o auxílio de todas as formas de solidariedade: solidariedade dos pobres entre si, dos ricos e dos pobres, dos trabalhadores entre si, dos empregadores e dos empregados na empresa, solidariedade entre as nações e entre os povos. A solidariedade internacional é uma exigência de ordem moral. Em parte, é da solidariedade que depende a paz mundial.
S.55.5 Importância da solidariedade na Igreja
§1942 A virtude da solidariedade vai além dos bens materiais. Difundindo os bens espirituais da fé, a Igreja favoreceu também o desenvolvimento dos bens temporais, aos quais muitas vezes abriu novos caminhos. Assim foi-se verificando, ao longo dos séculos, a palavra do Senhor: "Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e sua justiça, e todas essas coisas serão acrescentadas" (Mt 6,33):
S.55.6 Oração e solidariedade
§2831 A presença dos que têm fome por falta de pão, no entanto, revela outra profundidade deste pedido. O drama da fome no mundo convoca os cristãos que rezam em verdade para uma responsabilidade efetiva em relação a seus irmãos, tanto nos comportamentos pessoais como em sua solidariedade com a família humana. Este pedido da Oração do Senhor não pode ser isolado das parábolas do pobre Lázaro e do Juízo Final
1942 A virtude da solidariedade vai além dos bens materiais. Difundindo os bens espirituais da fé, a Igreja favoreceu também o desenvolvimento dos bens temporais, aos quais muitas vezes abriu novos caminhos. Assim foi-se verificando, ao longo dos séculos, a palavra do Senhor: "Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e sua justiça, e todas essas coisas serão acrescentadas" (Mt 6,33):
Há dois mil anos vive e persevera na alma da Igreja este sentimento que levou e ainda leva as almas ao heroísmo caritativo dos monges agricultores, dos libertadores de escravos, dos tratam dos enfermos, dos mensageiros de fé, de civilização, ciência a todas as gerações e a todos os povos, em vista de criar condições sociais capazes de possibilitar a todos uma vida digna do homem e do cristão.
As atividades solidárias fazem parte
da cultura brasileira, fato este que vem amenizando algumas carências da
parcela de menor - ou nenhum - poder aquisitivo da população, porém que
reflete, também, uma característica notável no povo brasileiro: a
solidariedade – capacidade de compartilhar dos sofrimentos de outras
pessoas e, literalmente, colocar a mão no bolso para ajuda-las.
Comprovando a solidariedade de nosso povo, instituições criadas
exclusivamente para esse fim existem em grande número, em praticamente
todas as cidades brasileiras. Além de arrecadar e distribuir, entre os
carentes, alimentos, agasalhos, etc., essas instituições normalmente
concentram seus trabalhos com crianças, promovendo sua educação, e com
idosos, amparando-os e promovendo sua socialização. Observa-se, então,
que a solidariedade ultrapassa o âmbito da ajuda financeira, realizada
através da doação de alimentos, roupas, remédios, e chega no âmbito da
educação. Seja essa educação formal ou não formal, o objetivo é sempre
educar as crianças e adolescentes para a vida, de modo que elas se
tornem cada vez mais independentes e possam, em um curto espaço de
tempo, ajudar ao invés de serem ajudadas. E nessa tarefa as instituições
de solidariedade/caridade têm sido exemplares, contribuindo, juntamente
com as igrejas e outras organizações sociais, na obrigação do Estado de
regular a sociedade.
http://www.youtube.com/watch?v=iqSNDaUeXts
É bem sabido que essas atividades não resolvem
definitivamente os problemas sociais, que, em última análise, têm sua
origem na distribuição da renda no país. Porém, servem para amenizar a
situação de calamidade de muitas famílias, dando comida a quem não a
tem, e principalmente oferecendo esperanças e perspectivas de uma vida
melhor para muitas pessoas.
